Elysium, o refúgio RPGISTA
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FICHA DO MORPHEUS

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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:16 pm


Vincent Liyundegwyr Dragunov
Dream World
The Endless
Sandman
Ap. 45
Metamorphosis
Morpheus
Descrição física
Morpheus é um deus anterior aos deuses gregos, aos quais se assemelha o padrão do belo na civilização clássica que perdura até os dias atuais, então ele não se enquadra nesse estereótipo, apresentando-se na maioria das vezes bem esguio e pálido, demonstrando uma fraqueza contrastante com seus poderes ilimitados como Rei do Sonhar.
A aparência de Sonho varia bastante, conforme o observador, visto que sua existência ao longo da história teve diferentes representações em cada cultura. Ovid, um poeta grego, fala sobre sua Metamorfose ao relatar que nenhum outro Perpétuo tem o dom para mimetizar as características dos homens como ele: a voz, o porte, a face - os humores; e também na forma de se vestir com precisão e nas palavras que utilizam com mais frequência. Mas ele mimetiza apenas homens.
Para caminhar entre os homens, atualmente assumiu uma forma mais madura, de aproximadamente 45 anos de idade, representando seu estado atual de evolução pessoal, representada pela adultez advinda de muitos anos após a restauração de seu poder, quando ficou se sentindo vazio e sem propósito, precisando assim do aconselhamento de sua irmã mais velha Morte para reencontrar seu lugar entre os Perpétuos e voltar a desempenhar com afinco sua função.
Mimetizando características desse período específico, Sandman se apresenta sempre muito sóbrio e centrado, polido e reservado, com traços masculinos mais angulados, maxilar protuberante, queixo largo, nariz comprido e afinado, cabelos negros e curtos, barba à fazer, lábios finos e quase inexpressivos e olhos de azul profundo, marcados pelas rugas laterais que evidenciam sua experiência. Seu porte é maior que o representado anteriormente, com ombros largos, um tipo físico robusto e de musculatura densa, medindo 1,89 m de altura.
A vestimenta negra foi preservada, expressando a obscuridade de sua existência mesmo a caminhar entre os homens, passando despercebido por onde passa, sem atrair muitos olhares, invisível como um corvo na tempestade. Dessa vez mantendo uma formalidade que afronta sua aparência mais recente, quando se assemelhava a um artista do rock oitentista.
PERSONALIDADE
Sandman é um herói nobre e trágico, no estilo tradicional dos heróis da tragédia grega, mas apresenta traços pós-modernos de insegurança, melancolia e imperfeições, que aproximam o herói da humanidade imperfeita. Aparentemente insensível com relação ao que se passa à sua volta, é reflexivo, porém algumas vezes impulsivo, composto por conflitos paradoxais que também regem a existência de todos os seus irmãos Perpétuos. Muito racional, cumpre com suas responsabilidades com afinco, dada a importância do sono para a manutenção da vida universal, embora nem sempre esse valor fosse realmente reconhecido na modernidade. Possui uma relação mais estreita com a irmã mais velha, Morte, cuja alma jovem e bem humorada é uma antítese à dele, fazendo-o redescobrir o seu lugar no mundo com seus aconselhamentos. É sempre muito formal e correto no tratamento com as pessoas comuns, seus outros irmãos e com os habitantes de seu próprio reino, convivendo em sintonia com a imaginação e os desejos reprimidos de todos os seres vivos que libertam suas mentes em seu reino.
Muito reflexivo, ele se esforça vigorosamente para compreender sua própria natureza e a dos outros Perpétuos, estuda a condição humana, seus desejos e seus prazeres, buscando cumprir com mais precisão seu trabalho, recriando nos sonhos de cada ser vivo, as pulsões de seu inconsciente que anseiam para se tornar conscientes e plenamente realizadas. Seu poder não se limita somente em seu território, mas também se estende para todo e qualquer domínio da capacidade de sonhar, como retratado na obra de Neil Gaiman, quando ele recupera seu elmo em um combate retórico.
De personalidade forte, ciumento e possessivo, quando reencontra Nada, cerca de 10 mil anos depois no Vale dos Suicidas, Sandman ainda não a perdoou, o que reflete um traço de humanidade imperfeita na mágoa que ele ainda carrega de sua amada. Nada foi a rainha da primeira tribo na Terra, da Cidade de Vidro, que foi visitada por Morpheus em seu castelo e por ele se apaixonou, chegando a procurá-lo no Sonhar. Sandman também se apaixonou por ela, mas ao descobrir que ele era um Perpétuo, a rainha tentou fugir, mas se entregou a ele e como punição por seu ato proibido, uma bola de fogo caiu do céu e destruiu a cidade de vidro. Nada cometeu suicídio, consumida pela culpa mas mesmo na morte, foi pedida em casamento por Morpheus e se recusou, sendo então condenada pelo Rei dos Sonhos ao suplício eterno.  Teimoso, mesmo a amando, não consegue perdoá-la.
Outra característica marcante em sua personalidade é sua paciência. Sabendo que a vida humana é frágil e breve, Sandman apenas aguardou quando foi aprisionado por Roderick Burgess, permanecendo em silêncio até que Alex Burgess cometesse um erro banal e o libertasse 72 anos depois, sem aceitar qualquer tipo de barganha com os mortais, que o prenderam por engano quando tentaram prender sua irmã, Morte. Vingativo, condenou Alex a um looping infinito de pesadelos, nos quais a cada susto ele cai em um novo e pior, permanecendo preso no Mundo dos Sonhos em um "Despertar Eterno".
HISTÓRIA
A origem de seu nome vem da palavra grega morphe, que significa "aquele que dá forma". Pelos habitantes da cidade de vidro era chamado de Kai´ckul, pelos marcianos de Lorde L´Zoril, sendo visto como um ser de fogo, para o povo das fadas, é Lorde Moldador, para os orientais o Senhor Sono, em Portugal e no Brasil, é conhecido como João Pestana, e por aí vai. Pai de Orpheus com a musa Calíope, ficou conhecido na Grécia como Deus do Sono. Sandman é, de fato e de direito, o “mestre dos sonhos”, aquele que não só faz dormir, como também propicia as viagens oníricas no “Mundo dos Sonhos”, onde o sujeito do inconsciente obedece à lógica do fantasma, onde o gozo extrapola o princípio do prazer e de onde se sai, efemeramente, para descansar na realidade, e depois para onde se retorna e continua sonhando.
Sandman vivia em seu reino, onde criava as expressões dos sonhos em todo o imaginário dos seres existentes, sendo eles humanos ou não, até a madrugada de 10 para 11 de Junho de 1919, quando um culto ocultista inglês, liderado por Roderick Burgess (grão-mestre da ordem), realizou um ritual para capturar a própria Morte, com o objetivo de obter total controle sobre a vida. Porém, o ritual foi executado mas invés de capturar sua irmã mais velha, aprisionou Sandman, o mestre dos sonhos, o que provocou um mal em todo o mundo que ficou conhecido mundialmente como "A Enfermidade do Sono", na qual as pessoas dormiam e não mais acordavam, provocando a morte de milhares delas. Só após sua libertação, essas pessoas despertaram.
Morpheus demonstra estar mais furioso consigo mesmo do que com seu próprio algoz, afinal não é admissível para um Perpétuo, cair em uma armadilha engendrada por humanos, assim ele mergulha numa espiral de angústia e solidão, fazendo voto de silêncio, sem aceitar nenhuma barganha de seu algoz, que o despiu e retirou suas ferramentas (a algibeira de areia, o elmo de um deus extinto e o seu rubi).
Apenas setenta e dois anos depois, em 1988, o filho de Roderick Burgess, Alex Burgess, cometeu um erro banal e quebrou o círculo mágico que prendia Morpheus. Durante o cativeiro, mesmo após tantos anos, ele ainda insistia em tentar negociar com o Perpétuo e não se atentou para o círculo de giz, que raspou com a cadeira de rodas interrompeundo a continuidade do círculo ao apagar uma parte ínfima do do giz que o mantinha aprisionado naquele plano. Assim a armadilha perdeu sua função e Sandman finalmente quebrou seu voto de silêncio, falando com seu algoz pela primeira vez:
──── E então? Não tem nenhuma desculpa? Nenhuma explicação? Algum motivo para eu não me vingar?
──── Não queríamos você! Foi tudo um erro, não estávamos tentando te capturar. Queríamos pegar a Morte!
──── O QUÊ? Vocês queriam a MORTE? Então podem se considerar afortunados pelo bem de sua espécie e de seu planeta mesquinho por NÃO terem conseguido. Por terem aprisionado o irmão mais novo da Morte... Vocês NUNCA saberão quanta SORTE tiveram!
Onde estão minhas ferramentas? Uma algibeira, um elmo e um rubi. Sua gente roubou de mim. Onde estão?

──── Não sei... estavam nas coisas que Sykes levou embora há 50 anos, nunca mais vimos nada daquilo...
──── Então, eis seu castigo. Vou lhe conceder uma dádiva para recompensá-lo por tantos anos de hospitalidade. Dou a você... O Despertar Eterno.
Assim, Alex fica condenado a uma eternidade de pesadelos e Morpheus vai para o Sonhar e se depara com seu reino despedaçado, assim como ele mesmo se encontrava. Para restaurar seu domínio e se fortalecer, ele conta com a ajuda da Hecateae, que é uma Deusa Tripla chamada também de Moiras, ou "aquela que é três" e descobre que sua algibeira foi adquirida pelo mago inglês John Constantine, o elmo foi negociado com um demônio e o rubi passou de Ethel Cripps, amante de Roderick Burgess, para Tuhven Sykes e depois para John Dee, chegando a ser usado em benefício de seu portador, até ele ser capturado e preso.
A gibeira é recuperada das mãos de uma moribunda no subúrbio de Londres, que roubou-a de Constantine e viciada no poder dos grãos de areia do Sonhar, passou a viver em um estado onírico de consciência. Ela era uma amante de Constantine chamada Rachael, então o mago suplicou a Sandman que concedesse a ela um sonho que a levaria à morte e assim foi feito.
Uma vez recuperada a gibeira, Sandman seguiu para os portões do Inferno, guiado por Etrigan, que é um demônio meio-irmão de Merlin, trazido à Terra pela primeira vez para proteger Camelot da bruxa Morgana Le Fey e passou a viver entre os mortais aprisionado no corpo de Jason Blood nos séculos seguintes.
Ao entrar no Vale dos Suicidas, percebeu que a tímida mata que o compunha, passou a formar uma densa floresta. É onde ele reencontra sua antiga amada Nada, a rainha da cidade de vidro, a primeira tribo na Terra. Após receber a visita de Morpheus, ela se apaixonou perdidamente e o seguiu no Sonhar, porém ao descobrir que ele era um Perpétuo, se assustou e tentou fugir, mas cedeu ao amor de Morpheus e se entregou a ele. Foi punida por seu pecado com uma bola de fogo que caiu do céu e destruiu toda a cidade de vidro, levando-a a cometer suicídio. Mesmo na morte, foi pedida em casamento por Morpheus, mas se recusou e ficou condenada ao suplício eterno, sem nunca ser perdoada por Sandman, mesmo 10 mil anos depois.
Seguindo seu caminho após rever sua amada, ele seguiu até Dis, a cidade do Inferno, onde se encontra o palácio de Lúcifer, que também mudou, ecoando perda e dor. As portas do palácio se abriam voluntariamente, mesmo com a falta de poder do próprio Sandman, pois o sonho, mesmo no Inferno ainda é um convidado de honra. Nos vastos saguões ecoavam gritos e lamúrias, da escada por onde subiu com Etrigan e avistou sozinho Lúcifer Estrela-da-Manhã.
O Mestre das Mentiras de fato parecia um verdadeiro anjo, com vestes brancas, loiro, tez branca e um vocabulário bem diferente dos demais habitantes, sempre muito polido e rebuscado. Sua fisionomia possui traços andróginos, já que os anjos não possuem sexo, é muito cordial e recebe bem a visita de Morpheus, apenas zombando o tempo que ele ficou aprisionado pelos humanos e questionando se o motivo da visita seria uma possível aliança, reconhecendo a superioridade daquele reino com relação aos celestiais. Sandman confirma, nem nega, apenas responde que pretendia recuperar seu elmo e Lúcifer demonstra ser bem solícito a seu pedido, perguntando com quem o objeto perdido estaria, já que ele mesmo não sabia. Dessa forma, a única lembrança de que ele era o primeiro caído, que o diferenciava dos outros celestiais, eram as asas de morcego, que substituíam aquelas de penas angelicais que foram arrancadas quando ele foi expulso.
Nessa visita, Sandman descobre que Lúcifer não reina absoluto mais, passou a haver uma tríade no Inferno composta por ele, Belzebu e Azazel, aos quais o caído solicitou informações sobre o paradeiro do objeto, sem muito sucesso, então Sonho usou sua areia para tentar localizar o elmo e assim o fez. Confrontou o demônio que o possuía e derrotando-o em uma retórica, venceu e recuperou o objeto, que lembrava um crânio de alguma criatura extinta. O elmo era de fato um crânio, mas de um deus extinto.
Lúcifer mostra-se sorrateiro, perguntando ao visitante como ele pretende deixar o local, sendo que milhões de demônios estão em formação de batalha para impedi-lo, revelando sua verdadeira face, traiçoeira e mentirosa, como verdadeira personificação do mal.
Porém, mesmo com tamanha sensatez demonstrada, ele peca ao pensar que Sandman não teria poder no Inferno, então ele apenas questionou:
──── O que seria do Inferno sem os sonhos do Paraíso? ──── e assim fez-se um silêncio mórbido em todo Inferno e Sandman caminhou entre os demônios, sem que nenhum deles se levantasse contra ele, seguindo para recuperar seu último artefato.
O rubi estava em um armazém abandonado, dentro de um baú lotado de artefatos místicos, porém estava distorcido, modificado e invés de ampliar a força de Sandman, começou a sugá-la, deixando-o fraco e semiconsciente. Assim, John Dee o roubou de suas mãos e o preparou para destruir a mente dos fracos e adormecidos. Após se recompor, Morpheus foi atrás de Dee e o confrontou, mas a joia ainda extraia a força do Senhor dos Sonhos, então Dee pensou que se destruísse o rubi estaria aplicando o golpe de misericórdia em Sandman. Porém,no momento que a joia foi destruída, ela não extinguiu seu criador, mas o libertou e então Morpheus levou Dee de volta para seu local de confinamento, um sanatório.
Sem recuperar o último artefato, Sandman sente um imenso vazio e percebe que não fez ao universo a diferença que imaginou que faria com o tempo que passou cativo. Se fosse Morte quem eles tivessem capturado, não haveriam mais mortes naturais, mas também não haveriam mais nascimentos e como os mortais não sabem lidar com esse tipo de dádiva, matariam uns aos outros e entrariam em extinção. Mas tendo sido apenas ele, houve apenas aquela explosão de distúrbios do sono, que atingiu todas as formas de vida, sem muito dano. Logo, ele fazer ou não seu trabalho, pareceu não fazer diferença, então qual era o motivo de sua existência?
Morte lhe passou um sermão, acusando-o de ser egoísta e o convidou para acompanhá-lo em seu trabalho, assim os dois percorreram o mundo, onde quer que a Morte tinha almas para levar, desde as mais alegres e brincalhonas às mais solitárias e depressivas. Alguns aliviados por sua hora chegar, outros revoltados e com isso, a cada nova experiência, Sandman aprende algo novo e reflete sobre o que está acontecendo com ele, recuperando sua liberdade e seu propósito de vida, voltando a desempenhar com afinco seu papel.
A partir dali, Sandman se ocupou em restaurar seu reino, o Mundo dos Sonhos, voltando à função de criar as expressões oníricas dos indivíduos, restabelecendo um elo comunicativo do inconsciente com o consciente através do simbolismo dos sonhos, contribuindo no processo de manutenção da vida de cada um, dentro do que fora planejado para a existência no Livro do Destino.

Recentemente, Morpheus percebeu a energia de seu rubi em atividade e estranhou que após tantos anos isso voltasse a acontecer, afinal até então a joia estava destruída. Inicialmente, acreditava não nada disso, mas tendo sido criado por ele, há uma forte conexão desse rubi com seu criador, então não poderia ser outro. Por algum motivo, ele estava restaurado, quem ou o quê se atreveria a fazê-lo? Assim, ele novamente recorreu às Moiras, para ter uma noção mais exata de sua localização. Descobriu que ele estava em algum lugar de Londres, o que já era um grande avanço se comparado à todos os universos e planos dimensionais existentes, então o Sandman se disfarçou entre os homens para investigar o paradeiro de seu rubi e se possível recuperá-lo.
Assumiu a identidade de Vincent Liyundegwyr Dragunov, escolhendo na forma de um possível forasteiro a forma mais fácil para se inserir naquele contexto social sem a necessidade de criar laços e histórias para uma identidade que sequer usaria por muito tempo. Mestre no mimetismo dos homens, buscou criar todo um background para sua existência mundana que fizesse algum sentido naquela sociedade. Vincent era filho de um soldado russo chamado Sergei, com uma empresária romena chamada Kahlan. Como único herdeiro de seus pais, foi criado com uma condição financeira favorável, embora não fossem exatamente ricos. Mais apegado à mãe, em função da constante ausência do pai à trabalho, se interessou muito mais pelos negócios dos Liyundegwyr do que pelo serviço militar, optando por uma graduação mais voltada para essa herança.
Seu avô materno, Vladslav Liyundegwyr era dono de uma das maiores redes hospitalares romenas e tinha ações e investimentos em todo o mundo, com uma perspicácia sem igual para escolher onde aplicar seu dinheiro e fazê-lo render. Desejando seguir os passos do avô, Vincent estudou economia, administração, comércio exterior, logística e política, passando a representar Vlad nas negociações que ele não poderia comparecer. Isso explicaria sua viagem para Londres. Os Liyundegwyr raramente estavam à frente de qualquer negócio, investiam e firmavam parcerias às escuras, para manter o patrimônio da família em segurança. Desse movo, ninguém sabia até onde se estendiam seus tentáculos e seu poder de influência, preservando uma invisibilidade estratégica, que sempre funcionou bem para preservar a família e... impedir que houvessem pontas soltas que Sandman não pudesse reparar caso necessário durante alguma interação social.
A fim de garantir alguma credibilidade ao background criado por sua identidade, sem impactar muito a sociedade mortal, ele criou um consciente coletivo dentro do mundo dos sonhos, no qual inseriu a imagem que adotaria para o patriarca Vladslav, a mãe Kahlan e dele próprio no contexto social de seu público alvo. Assim, todos os investidores e estudiosos do ramo, já teriam pelo menos alguma lembrança dessa família em uma ou outra aparição pública, tornando-a mais real no imaginário daquele público específico, evitando um impacto grande demais na realidade humana.
Com uma identidade humana perfeita, o Moldador foi à Terra mais uma vez, aparecendo dentro de um box de banheiro mais reservado no aeroporto de Bucareste, na Romênia, de onde seguiria para o avião que o levaria até Londres, criando um rastro de existência que ajudaria a compor sua história humana. Observou o cartão de embarque na mão de um senhor, pegou um guardanapo em um dos quiosques do aeroporto e moldou com sua areia transformando-o num cartão idêntico ao alterar sua forma no imaginário coletivo. Modificou apenas o nome e os dados pessoais para evitar qualquer incoerência no momento de passar pelo leitor infravermelho que determinaria a legitimidade de seu cartão de acesso.
Assim, burlou a segurança e seguiu para o avião com apenas uma maleta não mão, onde carregava algumas poucas vestimentas para usar em seu tempo de permanência em Terra, que esperava ser bem pouco. Sentia-se como um homem de negócios mesmo, viajando brevemente, apenas para fazer o que precisava e voltar para casa com a sensação de dever cumprido, reassumindo o controle do Mundo dos Sonhos, que atualmente estava à cargo de alguns subordinados de sua confiança para não deixar que o mundo caia novamente naquela "Enfermidade do Sono" de sua ausência anterior.
Construindo uma existência mortal, Sandman não só pretendia recuperar seu rubi, como também tirar férias de suas obrigações, vivendo como humano por um curto tempo que ele acreditava contribuir para que ele mesmo conhecesse melhor aquele mundo e seus moradores. Em seu passeio com a irmã Morte, conheceu algumas vantagens da mortalidade, então optou por viver essas vantagens e prazeres durante aquele período de interação, disposto a conhecer mais e melhor tudo aquilo que é negado a sua própria existência como Perpétuo.
Habilidades
No mundo real, Sandman é praticamente indestrutível, já que não é feito de carne e osso, mas sim de ideias solidificadas. Ele também pode fazer objetos e ele mesmo desaparecerem, entrando e saindo de sonhos e mundos do Sonhar, assim como pode materializar sonhos em realidade. Ele tem também a capacidade de conhecer pessoas, em um nível básico e instintivo, já que é ele quem manda sonhos a elas. Morte e Destino compartilham esta mesma habilidade (Destino possui a habilidade em um grau mais elevado, pois conhece tudo a respeito de todos). No Sonhos, seus poderes são mais elevados, pois ele é o rei e mestre deste mundo, podendo então transitar nos sonhos, enviar e controlar sonhos e influenciar os eventos em sonhos. Também possui poder sobre a natureza fundamental da realidade e então é capaz de distorcê-la e mudá-la, "moldando a realidade" a seu redor quando necessário. Um poder que é mais considerado um dever é sua responsabilidade pelo conteúdo dos sonhos e pela chegada de certas mensagens e ideias às pessoas certas na forma de sonhos. A intensidade de seu poder varia em outras dimensões, como regra geral, mas onde existem sonhos, seu poder alcança.
Fraquezas
Muito rigoroso consigo mesmo, tem nesse rigor uma grande fraqueza, pois perfeccionista demais, não lida bem com a frustração de suas próprias falhas, caindo em uma melancolia recorrente e sentimento de total fracasso. Responsável por compor os sonhos e pesadelos de cada ser vivo existente, Morpheus cria uma ligação empática com cada um desses seres, envolvendo-se com eles e mesclando sua própria personalidade à desses indivíduos, levando-o a questionar sua própria personalidade, mergulhando em crises existenciais com certa frequência. Sua auto estima é baixa, por sempre comparar a própria importância com a dos mais velhos e isso muitas vezes é o que o induz ao erro. Além disso, encontra na fragilidade humana vantagens que ele como Perpétuo não possui, como a própria mortalidade, a renovação da existência a cada novo ciclo, os prazeres da carne muitas vezes negados a ele por sua infinidade de responsabilidades, etc. Esse fato se apresenta como fraqueza, no momento que Sandman perde o foco do que realmente precisava fazer, para viver como mortal, explorando todos os prazeres provenientes dessa existência hedonista, o coloca em risco seus objetivos e o de todos os seus irmãos, podendo alterar a realidade mortal ao modificar as experiências com o mundo de todos aqueles que cruzam seu caminho, o pode mudar o destino, os desejos e opiniões dessas pessoas fora do que estava escrito sobre elas. Apesar de ser sempre muito cuidadoso, todos estão sujeitos a falhas e algumas alterações no Livro do Destino podem desequilibrar a existência daquele mundo como um todo.
Informações adicionais
Cada Perpétuo vive em seu próprio reino astral, que não são locais físicos, mas sim realidades criadas pela própria consciência humana. Cada um deles possui um emblema e uma galeria, na qual existem retratos dos sete. Os mortais veem cada Sem-Fim - outra designação para Morpheus e seus irmãos – de acordo com sua própria concepção cultural, ou espécie. Porém, a condição do gênero transparece em todas as representações. Sendo Sandman representado como macho, Morte como fêmea e assim por diante. A exceção é Desejo, que é retratado(a) como um ser andrógino, sendo chamado(a) por ele como irmão-irmã.
Sua relação com os outros irmãos é de respeito e neutralidade, mas ele possui uma relação de proximidade quase dependente da irmã mais velha Morte, recorrendo a ela sempre que se encontra em alguma situação difícil, como nos momentos em que questionou a própria existência e seu propósito.
Photoplayer: RICHARD ARMITAGE — WILLIAN VERRI
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