Elysium, o refúgio RPGISTA
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────⊰☫ On The Coldest Winter Night

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Mensagem por Sir Gawain Seg maio 18, 2015 12:56 am





On The Coldest Winter Night





Proximidades do Reino de Arendelle

Naquele dia, Sir Gawain fora enviado para uma missão bem peculiar, algo que ao seu ver era até inapropriado considerando o tipo de tarefa que ele era acostumado a desempenhar. Se tratava de uma missão de aliança. O misterioso reino de Arendelle, com o qual Camelot tinha negócios a tratar, finalmente abriria os portões. Era uma aliança comercial com o Rei e a Rainha que não foram concluídos pela morte dos mesmos enquanto cruzavam o oceano e só agora, três anos depois, com a coroação da Rainha Elsa, as negociações poderiam ser efetuadas. E quem mais seria melhor qualificado para essa tarefa do que o sobrinho do próprio rei? Um dos únicos homens de sua plena confiança, já que o próprio Arthur, lutava para expansão territorial de seu reino. Não...para Gawain a escolha era péssima, já que a diplomacia nunca fora seu forte. Ainda assim, após questionar e ser repreendido pelo tio, Gawain seguiu viagem para aquele reino. Uma comitiva de oito cavaleiros o seguia, por uma questão de segurança durante a viagem, embora acreditassem que as negociações seriam pacíficas e que certamente retornariam com boas notícias. 
O que nem Gawain, nem todos os homens de maior confiança do Rei sabiam, era que haveria um rival nessa empreitada. O Reino de Weselton conspirava contra a aliança que firmariam os Reinos de Arendelle e Camelot, então o próprio Duque de Weselton, quando informado sobre a missão do cavaleiro, enviou seus homens armados para interceptar os cavaleiros bretões no caminho para Arendelle, ainda nas Montanhas do Norte. Assim, no momento em que passavam por uma passagem rochosa entre duas montanhas, os bretões foram atacados pelos homens de Weselton, emboscado com disparos simultâneos de arco e flecha. Gawain liderava o grupo, mantendo o recuando com seu garanhão de guerra negro, Gringolet para uma área mais segura, onde não seriam atingidos pelas flechas. Infelizmente estavam em menor número. Mesmo assim, o cavaleiro pegou suas duas espadas e correu em direção aos cavaleiros inimigos, que desciam as montanhas para matar cada um de seus companheiros. Sem pensar duas vezes, avançou contra os inimigos desferindo uma sequência de golpes em tesoura, utilizando as duas espadas em conjunto, sua técnica de combate preferida. Uma técnica mortal perigosa quando bem desenvolvida. A armadura de cerimônia limitava seus movimentos, embora fosse feita com placas mais finas, mais leves, mas ainda assim sua destreza era implacável no manuseio de suas espadas, um talento nato que ele desenvolveu ao máximo com muitos anos de treinamento, disciplina e dedicação. Naquela emboscada teve suas habilidades postas à prova quando conseguiu eliminar um a um seus adversários. 
Não era à toa que os cavaleiros de Camelot eram tão conhecidos por sua maestria em campo de batalha e Gawain se divertia com isso. O primeiro golpe em tesoura longitudinal foi aparado pelo escudo do primeiro guerreiro, mas Gawain girou o corpo para pegar impulso e velocidade com a espada e abaixou repentinamente, atingindo as pernas de seu adversário com as duas espadas. Aproveitando o impulso do corpo elevou-se já atingindo um adversário com a ponta de uma espada, enquanto a outra cortava lateralmente tentando atingir um terceiro, que rebatia o golpe com a própria espada, desviando o curso da lâmina. Então utilizou a outra espada para desferir um golpe lateral, atingindo o ombro do adversário, que abria a guarda, permitindo que ele desferisse um segundo golpe acertando seu pescoço. A batalha não ia nada mal até que ele foi atingido por uma flecha efetuado por uma besta composta, exatamente em uma das dobras da armadura, uma brecha, na lateral do corpo, que permitia seus movimentos mais ágeis. A flecha era menor que a de um arco comum, mas a velocidade atingida graças a seu mecanismo de disparo provocava um dano interno superior. 
Gawain ignorava a dor e quebrava a flecha, sabendo que não poderia retirar a ponta sem receber um tratamento mais adequado para estancar o sangramento e avançou contra o adversário, correndo e saltando em sua direção, desceu as duas espadas lado a lado contra ele atingindo a besta que ele usava para se defender e os dois ombros dele, completando o ataque com um golpe em tesoura de lateral a lateral cortando-lhe a cabeça. Estava em fúria, não pararia de lutar até ter cada um de seus inimigos derrotados, mas um a um viu seus companheiros serem abatidos, levando consigo alguns dos inimigos. Os demais recebiam ordens para recuar de um homem que permanecia na formação rochosa em segurança e obedeceram, desaparecendo aos olhos do cavaleiro, que procurava cada um de seus companheiros, para conferir se algum deles ainda estava vivo. Conferiu um a um. Estavam todos mortos. Então, enfurecido, Gawain seguiu até os corpos de seus inimigos buscando qualquer informação que pudesse levá-lo ao responsável por aquele ataque. Verificando os pertences de um deles, viu um mapa que marcava uma trilha de Weselton até as Montanhas do Norte que cercavam Arendelle. O cavaleiro então fechou a mão, nervoso e guardou o mapa dobrado por dentro da armadura em um bolso de sua calça e seguiu até os cavalos. Libertou os de seus companheiros e montou Gringolet com um pouco de dificuldade em seus movimentos. Olhou para o ferimento e viu que o sangue fluía sobre sua armadura e chegava até a sela, certamente não teria muito tempo, precisava chegar a Arendelle o mais rápido possível e delatar o traidor. 
Gringolet fincou os cascos no solo deslocando-se em alta velocidade, atravessando aquela passagem e seguindo por uma floresta, em uma das montanhas. A visão de Gawain nublava conforme a ponta da flecha pressionada pela musculatura do abdômen se movia, ferindo ainda mais sua carne. A dor era excruciante e ele não demorou muito para notar que seus sentidos começavam a falhar. Notou que tudo foi ficando escuro e caiu desacordado sobre a sela, fazendo com que Gringolet reduzisse as passadas de seus cascos, desnorteado sem o comando de seu cavaleiro. Vagou mais alguns metros, até que Gawain caiu de cima da sela, próximo a uma árvore. O treinamento recebido e o tratamento do animal, o tornaram um cavalo fiel e companheiro, então ele não fugia. Cheirava o rosto do cavaleiro, tentava acordá-lo, relinchava, mas sem resposta, ficou apenas ali nas proximidades, se alimentado da pastagem natural, enquanto esperava que Gawain despertasse. Sem saber o tempo que demoraria pra isso acontecer. 

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Mensagem por Queen Elsa Dom Jun 28, 2015 10:25 am

"Era só por um dia...o Dia da Coroação, o dia que os portões de Arendelle seriam abertos. Só um dia...como poderia ter dado tudo errado daquela forma? Eu tentei não sentir, tentei esconder, mas o medo...ele me dominou, eu perdi o controle sobre os meus poderes e ao ser pressionada pela minha irmã, eu quase feri pessoas que não tinham culpa. Ainda me lembro dos olhos deles, a expressão de horror ao olhar para mim como um monstro. É isso mesmo que eu sou? Um monstro? Que maldição é essa que carrego comigo? Eu não consigo entender! Por que? Eu não tinha escolha, precisei fugir, pra que ninguém se machucasse, principalmente a minha irmã. Eu não me perdoaria se ferrisse minha irmã de novo. Eu não posso, preciso fugir. Deixar ela com o castelo foi a melhor coisa que eu fiz. Agora ela pode abrir os portões, ela pode receber visitas e até se casar com o Príncipe Hans se acha mesmo que ele é seu verdadeiro amor. Tsc tsc...verdadeiro amor...aqueles dois nem se conhecem, como podem se amar? É uma loucura...mas uma loucura que ela quer vivenciar. Devo deixá-la livre, ela tem que fazer o que puder pra ser feliz. Eu a amo tanto, como fazê-la entender isso? Eu a afastei por amor, me sacrifiquei e sacrifico de novo agora para que ela tenha a chance de ser feliz. Uma chance que eu jamais terei. Não fazem nem 24 horas que minha vida virou de cabeça pra baixo e eu nunca estive tão feliz desde aquela noite em que feri a minha irmã. Ahhh...Anna. Eu não posso ferir você de novo, eu não quero que...hã? Mas o que é isso? Quem está aí?"
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Elsa teve os pensamentos interrompidos ao tropeçar em algo metálico enquanto caminhava sozinha pela montanha. Franziu o cenho desconfiada, então olhou pra baixo, vendo que se tratava de uma...espada? Afastou uns três passos assustada e confusa olhou em volta, conferindo se não havia nenhum perigo e viu mais adiante um cavalo negro, imenso. Ele era lindo mas parecia agitado, tinha uma sela bem adornada, certamente pertenceria ao castelo, talvez fosse de algum dos guardas. Levou as duas mãos à boca prendendo um grito, quando via sangue manchando a neve, próxima ao cavalo e se aproximou para tentar ajudar. Porém, viu que bem perto dele havia um homem caído, parecia gravemente ferido ou morto. Pensou várias vezes se deveria se aproximar, até que resolveu tentar acariciar o cavalo, pra que ele ficasse mais calmo.
- Ei, cavalinho...me deixa te ajudar. Está ferido?
Alisou a carinha do cavalo, depois o pescoço e conferiu se ele estava ferido, concluindo que o sangue não era dele, mas do homem caído. Agachou do lado dele e puxou seu ombro para poder ver o rosto e notou que ele ainda respirava. Parecia um cavaleiro, mas não pertencia a Arendelle. Deveria ser de algum outro reino, ele era bem diferente e muito alto, teve medo, muito medo, mas não tinha coragem de deixar ele morrer assim.
- Cavalo, eu vou tentar levantar seu amigo. Me ajuda a levar ele pro um lugar seguro?
Falava com o animal como se ele pudesse entender suas palavras, mesmo sabendo que provavelmente ele não entenderia. Se preparou pra levantar o cavaleiro, céus! Como ele era pesado! Com muita dificuldade conseguiu retirar a armadura dele e prender as partes dela na sela e na bolsa de carga. Assim ele ficou mais leve e ela conseguiu levantar e apoiar o corpo dele no cavalo, pendurado com o os braços jogados pra um lado e as pernas pro outro, apoiando a barriga na sela. Puxou o cavalo pelas rédeas com cuidado até uma caverna perto dali. Elsa era bondosa, seria incapaz de deixar alguém morrer assim.
Enquanto ele estava desacordado, fez uma fogueira juntando galhos de uma árvore, com muita dificuldade, se esforçando pra ajudar o forasteiro que estava muito gelado por causa do tempo que ficou caído na neve. Não sabia como cuidar de nenhum ferimento como o dele, mas sabia que pelo menos tinha que aquecer ele e limpar a ferida. Como não tinha levado nada, só tinha a neve mágica que criava e a roupa do corpo, Elsa pegou uma parte da armadura dele, o peitoral e criou neve em cima dele, colocando a armadura perto do fogo pra que ela derretesse. Rasgou um pedaço do vestido e retirou a parte de cima da roupa dele pra limpar o lugar. Ele sangrava bastante ainda, então Elsa pressionou a ferida com o tecido dobrado, um pouco nervosa pelo sangue que ainda fluía. Não entendia nada daquilo, tinha medo de piorar as coisas, mas no fundo sentia que estava fazendo o certo em pelo menos tentar.
Nervosa, percebendo que o sangue do cavaleiro ainda fluía, ela produziu um pouco mais de gelo na armadura e o colocou sobre o ferimento espalhando a neve de modo a cobrir todo o corte, pra ver se com o frio ele parasse  de sangrar. Por incrível que pudesse parecer, a neve mágica parecia fazer efeito.
- Tá.... acho que agora parou. Mas ele tá ficando gelado demais, ai... será que eu ainda vou matá-lo? Não pode ser...
Talvez fosse melhor usar a fogueira, então o fogo ainda não se extinguia.
Assim a rainha manteve o corpo do cavaleiro perto do fogo e ficou sentada ao lado dele, conferindo se estava funcionando. Ele estava ficando mais quente, mas apresentou tremores febris, que a deixaram desesperada. Não tinha jeito, teria que levar aquele desconhecido pro castelo!
- Ai, cavalo... você me ajuda de novo?
Elsa se lembrou que uma das únicas coisas que tinha levado consigo era o manto real, que havia perdido na noite da fuga, mas que reencontrou durante a caminhada e poderia ser útil agora. E pensar que só tinha guardado como recordação de seus pais. Porém, como carregar aquele homem? Era pesado demais pra ela! Foi até o animal, o conduziu ao cavaleiro e mais uma vez, com muito esforço o colocou sobre a sela e o levou para o castelo.
Chegando lá, deixou o cavalo abrigado do frio, improvisando um estábulo de gelo mágico, protegendo assim do vento da montanha. Desceu o cavaleiro e o arrastou até o quarto... que peso para aquele corpo pequeno e esguio! Nem ela conhecia a própria força até conseguir arrastar aquele desconhecido para o quarto e ainda conseguir colocar ele na cama.
Exausta cobriu o corpo dele com o manto real pra manter o corpo aquecido e passou o dia cuidando dele, até ouvir a voz da irmã Anna no salão de entrada. Apressou-se para encontrar a mais nova e anunciar que estava bem e feliz, já que estava finalmente livre, porém a conversa não saiu lá muito como o que Elsa tinha esperado, com Anna sendo atingida por seu poder em sua tentativa de convencê-la a não insistir em permanecer em sua vida.

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