Elysium, o refúgio RPGISTA
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MITHRANDRA LOMITHRATIEN

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Mensagem por Vincent Dragunov Sáb maio 21, 2016 7:22 pm


Mithrandra

18. GLIGOTHIEL. PLEBE. The Lioness

nome completo

Mithrandra Allyria Elarahal Lomithrathien

nascimento

13/06/739

reino

GLIGOTHIEL

grupo

PLEBE

cargo

Caçadora

habilidade

Esgrima

Suspiros quebravam o silencio intenso, em mais uma nebulosa noite fria e solitária. A imensidão do oceano parecia tornar ínfima a dor de um coração despedaçado. Envenenado por um amor de mentira. A mão que afagava era a mesma que apedrejava, até o secar dos rios da vida. O sorriso escureceu-se, os gritos se calaram e sem fôlego não mais respirava. Evangeline... nem se lembrava mais desse nome, não usava desde aquela noite, desenterrada do sepulcro pelo vento do Ártico, que ricocheteava os fios vermelhos do cabelo já seco pelo tempo que passou sentada naquela formação rochosa cheia de corais. Evangeline... morreu naquela noite, depois de envenenar o marido que roubou de seus braços a mais linda pérola que seus olhos já testemunharam. Era ainda tão pequena para suportar a dor que a mãe carregava da violência do pai... Evangeline estava congelada e não conseguiu impedir a agressão que resultou na morte da pequena Aileen. A beleza muda de seu rostinho ainda permanecia vívida aos olhos da ruiva, marejados pelas lágrimas que molhavam o rosto pálido. Entre as sombras e a solidão profunda, as lembranças pareciam lâminas cravadas sob a pele, mantendo viva a dor que a mantinha acorrentada em seu passado, cantando a mesma infinita melodia. Foi perto dali... a residência no alto daquele penhasco, bem à frente, onde ela se entregou ao abraço da morte, envolta pelo oceano, que sempre foi seu verdadeiro lar. Ah, Brumivium... Era dali que nunca deveria ter saído, mas inocente e apaixonada, fugiu de casa aos 13 anos para se casar com Salazar, um capitão pirata sem escrúpulos que iludiu a criança com suas promessas de aventuras fantásticas e romances épicos. Era filha de mercadores, tinha uma vida confortável, mas trocou tudo por uma ilusão.
O navio de Salazar, chamado Alexandria, foi destruído pela fúria do mar e naufragou. O casal foi abençoado pelos deuses antigos, sobrevivendo e encontrando refúgio, onde construíram uma casa simples, no alto da colina, ofuscada pela neblina que soprava da concentração de furacões de Celian Sea. O vento gritava o assobio da natureza e a chuva caía sobre o corpo da solitária criatura humana, que cantava sozinha olhando para o céu de Elury Island, como se sua pequena estrelinha pudesse ouvir seu lamento. Desejava ter morrido ao saltar do penhasco, destruída pelas rochas, mas por alguma razão despertou com a luz do sol ardendo no rosto, renascida. Viva, porém aprisionada pelo tormento passado, buscou a mais profunda ferida em seu coração para enterrar as lembranças e viver um dia após o outro, preenchendo de novas experiências os espaços vazios. Por que não morreu naquela noite quando saltou para a morte do alto do penhasco? O que manteve seu corpo vivo? Isso ela nunca saberá. Mas ela despertou e decidiu tentar enterrar seu passado assumindo uma nova identidade, recordando alguns contos que lia quando criança até transformar a doce Evangeline, na selvagem Mithrandra. Completamente sozinha em uma ilha esquecida por Deus, precisou aprender a caçar e sobreviver, percebendo a transformação evidente em seu corpo, que desenvolveu uma musculatura mais forte e possibilitou o desenvolvimento das habilidades físicas necessárias.  Assim viveu os próximos anos aprendendo novas técnicas de caça. Conhecendo suas próprias limitações físicas, Mithrandra se especializou no uso de armadilhas, para facilitar a caça e na arte da espada para se proteger contra as feras selvagens que competiam pelo mesmo espaço que ela, tornando-se dona de seu próprio território.

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Durante alguns anos a selvageria desperta destruiu a humanidade da ruiva, transformando-a em uma fera semelhante às demais, livre de qualquer traço humano ou emoção, livre da dor que a aprisionava em seu passado. Isso até seus passos se cruzarem com um outro capitão, chamado Ulfric Stormwolf, com quem teve um confronto feroz até que ele conseguisse quebrar sua selvageria e atingir a humanidade de Mithrandra, despertando-a novamente para a dor de sua perda nas mãos de um homem como aquele que trouxe de volta todas as lembranças das quais a caçadora habilmente fugiu por muito tempo. Ele a derrotou no combate, mas demonstrou compaixão e ofereceu abrigo, prometeu que a levaria para o continente de volta, em seu navio, escondida entre seus homens. Se ela confiou? De forma alguma... porém não lhe restava outra escolha. Viveria o resto de seus dias como um animal, ou tentaria voltar para a civilização? A melhor escolha era evidente, então fora escondida por um homem que se tornou seu guardião e seguiu viagem em um navio pirata de volta para o continente. Era alimentada, vestida e bem tratada, mas a natureza sanguinária de seus desejos a levava sempre a fugir de seus cuidados, revivendo sua selvageria de leoa, com a prática da caça a um ou outro bucaneiro que escolhia como presa. O bom amigo não podia saber... ele não compreenderia a razão de não conseguir conter a torrente de sua insanidade. Então caminhavam lado a lado, mas ela sabia que faltaria entendimento para o segredo que ela guardava aproveitando-se de pequenas chances para libertar sua fera interior.
Um marinheiro agonizava sobre a pedra, escondido em uma formação rochosa afastada na praia de Brumivium lutando para respirar com as entranhas expostas pelas mordidas da leoa. Sabia que deveria contar, Ulfric a ajudaria. Mas seu medo era maior. Mithrandra segurava uma parte do fígado de sua presa e levantava deixando o sangue manchar os braços, observava o brilho da lua sobre ela, antes de levar a peça aos lábios e saborear o órgão daquele rapaz inocente. Deixava sempre o coração por último, era a "cereja do bolo". Devorava os corações que um dia foram motivo de sua dor, pois era neles que encontrava o abraço quente de sua filha Aileen. Não havia mais controle para suas ações, a doce Evangeline lutava contra a grotesca Mithrandra, que não conseguia suprimir o ímpeto de assassinar qualquer indivíduo do sexo masculino que encontrasse em seu caminho, como se cada morte, trouxesse de volta aquele pequeno anjo que sempre a abraçava ao final de cada refeição. Mithrandra se lavava ocultando qualquer sinal de sua prática vil e retornava para seu guardião, que abandonou os mares para construir uma vida em família no grande mercado de Nardowen que unia os três grandes reinos. Com seu ouro, ele montou uma taverna, que a caçadora visitava sempre que voltava à cidade, mas sua residência ainda era uma cabana na floresta de Gligothiel.
Apesar dos esforços do bom Ulfric, Mithrandra não se adequava mais ao movimento daquela sociedade mercante, muito menos à esposa dele, então preferia viver em seu próprio espaço, um lugar onde podia viver livremente, como selvagem que se tornou, sobrevivendo da caça que vendia no mercado ou no centro da cidade, sempre à espreita de uma nova presa humana para satisfazer o desejo sádico de Aileen, sempre cautelosa, para não despertar suspeitas e com um período de tempo entre os ataques variável, dependendo do nível de sua saudade da filha.

Milena

26. MP. conta n° 01.

application by nicole (i, ii, iii, iv, v).
Vincent Dragunov
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