Elysium, o refúgio RPGISTA
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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:47 pm



Blood and Sand
Every night is a time for drink.

Essa narrativa se passa logo após o diálogo estabelecido na Ficha do Personagem, como uma continuação. Kynt não está trabalhando em nenhum navio pirata atualmente, então vagueia bêbado pela periferia de Gligothiel, esperando que sua adorada Lorelei possa vê-lo ou que alguém precise de seus serviços. Com a falta de melhores oportunidades, tem aceitado serviços menores e até contratos como mercenário, qualquer coisa que possa lhe provir algum sustento. Sonha um dia seguir em alguma caça ao tesouro para voltar ao continente rico e bem estabelecido, com condições para viver o resto de seus dias satisfazendo seus próprios prazeres.
Sendo assim, essa narrativa é ABERTA, para quem quiser participar e interagir com esse personagem leviano, ou quem sabe, até lhe oferecer uma proposta de emprego? Por que não? Eheh. Deixei esse aviso de conteúdo, porque a relação do Kynt com a Lore é bem conturbada e os diálogos podem ser muito incômodos pra quem não gosta de palavrões ou certas situações de violência que serão apresentadas a seguir.
── WARNING!!! ──
Presença de conteúdo violento, expressões que podem ser consideradas profanas, vulgares ou ofensivas para alguns leitores e situações que podem ofender a certos conjuntos de princípios morais, religiosos e éticos.

TAG: Celian Sea → Music: Alestorm - You Are a Pirate → Credit: © Lotus Graphics


Última edição por Sergei Dragunov em Ter maio 17, 2016 1:11 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:49 pm

Cenário - A Periferia de Gligothiel

❝There are many things given to us in this life for the wrong reasons. What we do with such blessings, that is the true test of a man.❞

There is only one way to become champion; never fucking lose.
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Gligothiel, que já era conhecido como "pobre reino dos rudes, das prostitutas, das pocilgas, dos mineiros e do escuro" ainda possuía um ambiente decrépito e ainda mais deprimente que o habitual. Essa região habitada pelos mais exclusos, abrigava o excedente mais profligado da população, composta por ex-escravos, criminosos escondidos, mercenários, assassinos, mengigos, meretrizes, órfãos, loucos, alcoólatras, ladrões, deficientes inválidos e enfermos, que se arrastam pelas ruas por restos de comida, se banqueteando com o conteúdo deprezado pelos mercadores da praça central. Pode-se dizer que a escória de Gligothiel se amontoava ali nos arredores da cidade. O cenário era causticante, sendo sempre evitado pelos bem nascidos, afinal quem suportaria o cheiro da podridão se não aqueles já nascidos nela? Madman ainda se recordava do momento que chegou aquele antro depositário de humanos. Seus olhos ardiam com o odor fétido do ambiente e das pessoas que nele habitavam, mas atualmente esse cheiro não mais o incomodava, acostumou-se tanto a ele, quanto ao novo estilo de vida.
Nos estabelecimentos comerciais dessa região, todo tipo de transação ilegal era possível, inclusive as arenas clandestinas, às quais Madman fora iniciado. O sadismo de seus senhores era desmedido e o sacrifício de vidas humanas se transformava no espetáculo doentio mais apreciado pelos moradores. A maioria deixava as arenas transportados por carroças até ser jogados em um fosso comum, onde apodreciam à céu aberto, contribuindo para a permanecência do cheiro do ambiente e a proliferação de ratos, moscas e vermes, que transmitiam inúmeras doenças. Frente a uma realidade insuportável aos sentidos da maioria, aqueles seres humanos viviam jogados à própria sorte, lutando para sobreviver e se divertindo com as batalhas de sangue e areia que iluminavam os dias daqueles moribundos.
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As casas eram todas de madeira e barro, na maioria das vezes úmidas de mais e cheias de infiltrações, cupins e buracos, por onde a chuva sempre passava. Chegava a ser doloroso ver o modo como aquele povo vivia, então não era de se estranhar que todo e qualquer valor moral e ético naquele território estava perdido, dominada pelos senhores das arenas, que ainda lucravam com as apostas realizadas por alguns bem-nascidos nos cães de briga mais conhecidos entre os romanos como gladiadores. A velha política do pão e circo ainda parecia funcionar muito bem, mantendo a plebe de certa forma alimentada e entretida.
A arena era toda feita de madeira e não passava de um curral circular, onde alguns cavalos eram deixados ou treinados, tinha pouco mais de 20 passos de diâmetro e a altura de meio-homem, com o cercado formado por tábuas de madeira mal serradas e cheias de farpas. A população se espremia em volta, algumas crianças subiam em árvores ou até nos telhados das casas mais baixas para obter uma visão privilegiada das batalhas, o casal dono da arena clandestina, tinha um lugar privilegiado, próximo à entrada dos gladiadores, para observar de perto o desempenho de cada homem e um homem registrava os resultados de todas as lutas e as apostas em folhas bem velhas e manchadas.

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Última edição por Sergei Dragunov em Ter maio 17, 2016 11:52 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:51 pm


Blood and Sand
There are many things given to us in this life for the wrong reasons.
What we do with such blessings, that is the true test of a man.

Bastava um olhar e Madman obedecia, deixava a garrafa de vinho sobre a mesa e se levantava, seguindo o andar felino de Lady Lorelei, uma morena de olhos amendoados, lábios macios como as pétalas de uma rosa e tão vermelhos quanto o sangue derramado nas arenas clandestinas. Uma mulher de música, luar e sentimento, ela era passado, presente e futuro, ela é como o mar... Os quadris se moviam elegantes, desenhando círculos no ar, formando as ondas que conduzem o corpodo pirata. Ele mal percebia os olhares de outros homens que também acompanhavam aquele rebolado, nem mesmo as outras protegidas de Lorelei, que certamente invejavam sua capacidade de aprisionar todo e qualquer homem em seu feitiço de luxúria. Havia apenas ela em sua mente, o padrão índigo da cúpula da Saint Emmelia Church, a mais bela e desejada de todas as mulheres. Pelo menos era o que Kynt acreditava. Sabendo que apesar de não terem nada oficialmente juntos, ele era o único que a conhecia de verdade, assim como ela a única que sabia seu verdadeiro nome. Aquela mulher tinha um dom natural para se adaptar e atender ao gosto de todos os homens que desfrutavam de sua companhia, mas só ele sabia exatamente o que a agradava, afinal nunca fora seu cliente, mas sim amante. Conhecedor de cada nuance de seu corpo e de suas reações ao toque de suas mãos ásperas, tanto quanto um menestrel domina as notas de seu alaúde. Ele a envolvia pela cintura, empurrando a porta com o pé para que se fechasse, privando-se dos olhares curiosos da clientela e das funcionárias do bordel. Percorreu a cintura, contornando suas curvas sinuosas, mas foi repreendido quando ela segurou suas mãos e o afastou, empurrando-o na direção da cama. Sorveu o dedo médio, mantendo seu olhar de fixo em seu alvo mostrando o quão cruel poderia ser, deixando à espera seu amante obcecado.

Sugiro que pulem essa parte! +18 hot:
Por fim, adormeceram com o romper da aurora, ambos exaustos. Lorelei deitada sobre o tórax e ele com um dos braços envolvendo o corpo dela. Até pareciam um casal de jovens apaixonados, se não fosse pelo desajuste do cenário. A morena usava de todo seu talento feminino para conseguir o que queria e não media esforços quando precisava convencer o pirata a satisfazer suas vontades, então não houve dificuldade alguma de sua parte em convencer o desavergonhado pirata e voltar para a arena clandestina.
Naquele mesmo dia, por volta do acúmen do sol, Madman foi acordado por Lore se atirando em cima da cama agitada, numa tentativa bem sucedida de recobrar-lhe a consciência. Ainda atordoado, ele abria os olhos tentando olhar para aquela morena, sem entender o motivo de toda aquela agitação e ela não parecia nem um pouco inclinada a explicar, assim que percebeu que ele despertava, se levantou e atirou os pertences dele sobre a cama.
── Você prometeu. Mais uma luta. E volte vitorioso! ── disse rigorosa, cruzando os braços enquanto ele ainda se sentava na cama. ── Tenho que trabalhar, nos vemos mais tarde. Não demore.
Ela o beijou e seguiu seu caminho em passos rápidos pelos corredores do bordel. Já Madman, se deitava de novo, distraído em sua tranquilidade trágica, pensando no motivo de ter feito uma promessa como aquela de novo. Sabia que nunca era uma última luta, Lorelei sempre conseguia inscrevê-lo em alguma arena clandestina e talvez só parasse de fazer isso quando ele conseguisse voltar com uma condição financeira mais promissora.
── É... eu preciso mesmo encontrar algum tesouro perdido... ── suspirava o pirata, pensando nas possíveis aventuras que lhe renderiam algum ouro para não precisar mais das arenas.
Enrolou mais um pouco e finalmente se levantou, vestiu-se às pressas e saiu do bordel em direção à arena. Caminhava sempre à sombra, para evitar os olhares de seu senhor, afinal ainda era um escravo errante e como tal, acreditava ser melhor evitar qualquer tipo de reencontro acidental, afinal seu senhor ainda detinha de alguma influência na região.
A arena era um cercado circular de madeira, comumente usado para domar cavalos, não era muito grande, mas acumulava uma pequena multidão interessada nas lutas. Seja para apostar, seja para ver o sangue dos guerreiros sobre a areia, um espetáculo sangrento à céu aberto que estava prestes a começar.
✘Tagged: MILLAH SAWYER
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Última edição por Sergei Dragunov em Ter maio 17, 2016 1:51 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:54 pm


OUÇO O MAR CONTAR FÁBULAS DE MARINHEIROS, BRIGAS E BEBIDA FARTA... ANTES QUE O NAVIO PARTA OUTRA VEZ! OLHA O CÉU ENQUANTO A CHUVA COLOCA SEU VÉU SOBRE A FLOR DA NOSSA IDADE, VEM O SOL EM ARCOS, ÍRIS DE DIVINOS OLHOS... VIVES ATRAVÉS DO TEMPO...

Ready for the storm
Já fazia algum tempo desde que Millah retornara para terra firme e como ainda não havia recebido chamado de nenhuma natureza, seja ela para integrar a tripulação de algum navio, seja para fazer algum serviço sujo, a loira agora andava pelo reino próximo, Gligothiel. Ainda sentia os efeitos da noite anterior, muita bebedeira, um pouco de luxúria e dorwens! A luz do sol da manhã fazia os olhos da pirata arderem, procurou uma sombra, encontrando-a próxima de um terreno onde havia uma certa aglomeração. Bem como o odor acre que exalava por todo o local e o clima quente somente aumentava e piorava isso. Escorou-se na coluna de uma casa que ali havia, a mão tocou a têmpora, indicando o foco da dor e ela pôs-se a pensar, mas como raios ela conseguira tanto ouro? Pequenos flashes foram surgindo em sua mente...

Ao entardecer, ela adentrou a taverna em busca da famosa bebida forte que disseram que ali encontraria. Já havia músicos tocando animadamente, e toda sorte de gente. Andarilhos sem um tostão furado, boêmios tentando ganhar algum, encrenqueiros e entre outros. Seus olhos de lince varreram o local, estava sem dorwens, precisava de alguma coisa, localizou um boêmio dado à apostas. O sorriso de canto, tomou-lhe os lábios. Pedira um whisky, dizendo para colocar na conta do cavalheiro que jogava mais adiante, o atendente assim o fez, lhe dando uma dose da tal bebida famosa e forte. Sorveu um gole, encarando-o intensamente, ganhando assim o seu olhar. Caminhou em sua direção então, de forma sedutora, ao chegar perto o suficiente como se fosse falar com ele, virou, sentando-se numa mesa vazia a um canto. Infalível. Alguns segundos depois, o boêmio lá estava, com um sorriso amarelo querendo puxar papo. Ela havia ouvido sua aproximação, a bolsa com moedas tilintando foi o que a alertou.

- Posso me sentar, bela dama?

- Por suposto que pode, homem. Vamos, deguste a bebida comigo...
– o tom de voz, mais convidativo impossível, ela o observava de forma maliciosa, reparou que ele possuía correntes, anéis e até um relógio de ouro.

- O que a traz neste local, senhorita?

- Ah por favor... pode me chamar de “Bloody”...

- “B-B-Bloody”? P-p-por quê um apelido tão... tão agressivo?
– era possível ver que ele queria, mas ficara com medo.

- Não tema... é apenas um apelido carinhoso... – respondeu ela, estendendo a própria mão para tocar o rosto dela, enquanto um sorriso doce lhe preenchia os lábios.


”+18”:


A madrugada já ia alta, quando Millah se desvencilhou dos braços do boêmio. Sorrateiramente, ela caminhou até os pertences dele, localizando a bolsa de moedas, e apesar dele ter pago o consumo de ambos, ainda continuava bem cheia, indicando que ele havia ganho uma bela quantia na jogatina da noite anterior. Os objetos de valor estavam próximos uns dos outros, colocou-os todos na bolsa, juntamente com o dinheiro, vestiu-se com o pouco de roupa que habitualmente usava e esgueirou-se para fora do celeiro, largando-o pobre e adormecido. Sua sede de sangue deveria esperar para ser aplacada. Ele era somente um perdido na vida que havia feito a mulher lucrar algo.

Os passos rápidos a levavam para longe dali, e logo uma gargalhada fez-se ouvir, bem como um insulto no meio da noite.

- Porco imundo! Ao menos... rendeu-me um bom dinheiro...

A pirata continuou caminhando pelas ruas escuras e tortuosas do reino, indo parar num ponto, totalmente, oposto ao que estava. Ainda tinha resquícios da bebida lhe fazendo efeito. Chegou próximo ao boticário, que não era tão conhecido pelos moradores da região. Abaixou-se ali, deitando num monte de feno que estava ao lado da construção. Adormeceu na rua, não que isso lhe fosse novidade.


Lembrando-se de como conseguira a quantia, agora com a cabeça menos dolorida, ela retomou seus passos. Viu ali uma aglomeração, ao redor de um cercado para domar cavalos. Aproximou-se para ver o que se passaria ali, para ter tantos transeuntes. Quem sabe, não encontrava algum velho conhecido seu? Ou talvez Scarr estivesse de passagem e a convidasse para um passeio em alto mar? Deveras, sentia falta da água, do vento salino batendo contra seus cabelos e de quase tocar o horizonte e de ficar longe da podridão que eram as periferias. Fechou os olhos apreciando a imagem das lembranças e logo os reabriu. Deparou-se com algo que ela conhecia bem, as arenas. Afinal, por ser uma boa combatente, já chegou a ganhar alguns trocados com isso, mesmo sendo menosprezada pela sociedade machista da época. Observou o tablado de madeira e toda a agitação, parece que logo haveria mais um derramamento de sangue e como ela gostava de assistir. Quiçá até participaria de uma batalha!
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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:57 pm


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There are many things given to us in this life for the wrong reasons.
What we do with such blessings, that is the true test of a man.

A cada passo decidido de Madman sobre as areias do cercado de madeira, seus olhos percorriam os espectadores em sua maioria desdentados, em pele e ossos, mais parecendo cadáveres cambaleantes de vestimentas rasgadas, deixando partes de seus corpos fatigados à mostra, alguns com feridas purulentas e marcas de açoite e ferro quente, mas o som da trombeta do apresentador do torneio, parecia encher de fôlego seus pulmões atrofiados e eles gritavam os nomes de seus gladiadores preferidos. Madman olhou para a multidão, torcendo para não encontrar seu antigo senhor, suspirando aliviado quando não notou sua presença e invés dela, a de uma mulher que se destacava naquela multidão. Se não fosse pela arte que adornava seu belo corpo e as vestimentas tão surradas quanto as dele, passaria facilmente por um anjo. Os cabelos dourados reluziam como o sol, iluminando aquela multidão de maltrapilhos desdentados. E aqueles olhos? Havia algo neles que por um instante o aprisionaram, eram tão claros como as águas de Elury Island, extremamente límpidas e transparentes, um tipo de beldade que não costuma ver por ali. Balançou a cabeça, afastando qualquer pensamento impróprio para aquele momento e voltou o olhar para a arena improvisada, que já fervilhava com os ânimos alterados do público.
── Respeitáveis habitantes de Gligothiel! É com muita honra que nós os presenteamos com o sangue destes guerreiros, que sacrificam suas vidas, para alegrar as de vocês! Hoje, temos o retorno de uma antiga lenda dessa arena, o louco, que ficou conhecido por suas manobras inusitadas e arricadas em combate, nosso Madman Kynt!
Após a calorosa apresentação e uma recepção exaltada de seu pequeno público, Madman caminhou para dentro da arena, recebendo as duas gladius fornecidas a ele para aquele combate. Ergueu as duas espadas, cumprimentando o público de todos os lados, sequer se atentando para a apresentação de seu adversário, afinal dependendo da empolgação daquele povo, um dos dois se juntaria aos mortos naquele dia. Ainda assim, um largo sorriso se formava em seus lábios, cheio de confiança e espontaneidade, o que cativava seu público, mas não o gigantesco Borkûl, tão grosseiro quanto seu próprio nome, sequer esperava o sinal de que deveriam começar, correndo em direção ao guerreiro menor, pisando forte na areia que cedia com seu peso, armado com um machado proporcional a sua estrutura. O peso daquela lâmina dupla certamente não poderia ser defendido com as lâminas das gladius, mas pelo menos seus movimentos eram lentos, logo facilmente previstos pelo gladiador mais ágil, que se movia apoiando o pé lateralmente para a esquerda, desviando de um primeiro golpe, que por pouco não cortava seu ombro em um giro que finalizava com as duas lâminas cruzadas como uma tesoura. Elas passaram perto do gigante, mas ele recuou para trás e desferiu um chute certeiro bem no peito do gladiador, que foi arremessado com as costas contra a estrutura de madeira que os cercava. O adversário não perdia tempo e corria em direção a Madman com a brutalidade de um elefante, levantando o machado para desferir mais um golpe vertical direcionado à cabeça. O pirata saltou para o lado direito do gigante em uma manobra de rolamento para a direita dele, mantendo a guarda alta, preparado para qualquer investida, ele se levantava com agilidade, enquanto a lâmina dupla do machado era reerguida após destruir aquela parte da estrutura de madeira da arena improvisada, mas dessa vez, invés de desferir um golpe, o algoz levantou a perna em um chute que visava atirar areia nos olhos de Madman, recuava três passos para trás, fechando os olhos, sem conseguir enxergar nada. Aquela ação surpreendeu a todos os espectadores tanto quanto ao próprio pirata, que privado de seu sentido mais importante naquele momento, buscava soluções para o problema. Chegou a mover o antebraço para passá-lo sobre os olhos, mas fora em vão, eles ainda ardiam e insistiam em permanecer fechados, evitando um dano maior. Nesse momento, sem perder tempo, o gigante desferiu outro golpe, dessa vez em corte horizontal certeiro, que Madman só teve tempo de defender com as duas espadas cruzadas sob a lâmina, sendo mais uma vez arremessado contra a estrutura de madeira. Ele tentava separar o som da multidão dos sons do gigante, para assim se preparar para receber o próximo ataque. Tentava se concentrar ao máximo, pois um movimento em falso custaria sua vida. Manteve as costas rentes à madeira e esperou, guardou sua ação para agir somente quando Borkûl efetuasse seu novo ataque. Com o corpo rente à madeira, podia sentir as vibrações do solo com os passos pesados de seu inimigo, o único sinal que teria, na falta da visão e da audição atrapalhada pelos gritos da multidão.
Borkûl correu em direção a Madman, dessa vez efetuando um movimento vertical de baixo para cima, levantando o machado, para que desferisse um golpe destrutivo sobre a cabeça de Madman, que ficou parado até sentir que o corpo dele estive próximo o suficiente. Calculou mentalmente em uma fração de segundo a velocidade do adversário e o comprimento de seus braços para determinar a distância que deveria tomar, com base no pouco que conseguiu observar até o momento. Dessa vez, não saltou para o lado, inclinou o corpo agachando-se para tomar impulso ouvindo o som da lâmina atingir a estrutura de madeira de novo e avançou desferindo uma cabeçada bem forte contra o queixo dele, para desequilibrar o oponente, que perdendo a força das mãos, soltava o machado e cambaleava para trás, disponibilizando assim, um tempo hábil para que Madman desferisse um novo golpe, novamente com as lâminas em tesoura, na direção do que ele acreditava ser o pescoço do adversário.

Infelizmente não era, atingiu o tórax dele e foi atingido por mais um chute, que dessa vez o derrubava, fazendo-o deixar cair as espadas e seu algoz avançou sobre ele, levando a mão direto em seu pescoço e levantando-o para exibí-lo como um uma caça abatida. Madman travava o pescoço o máximo que conseguia, levando as mãos para tentar soltar os dedos do oponente, mas era em vão, então antes que perdesse o fôlego, ergueu as duas pernas e travou-as em torno do pescoço de Brokûl furioso, forçando o corpo para trás, na intenção de aliviar o próprio pescoço, o que não parecia adiantar muito, então ele torceu ainda mais as pernas cruzadas, mesmo com a outra mão dele tentando separá-las e já vermelho, quase perdendo a consciência, foi jogado no chão por seu algoz, que também recuava naquele momento, ofegante. Borkûl salivava, furioso partindo pra cima de Madman novamente e este tinha dificuldades para esquivar por sua limitação perceptiva e acaba recebendo um soco no rosto. Mesmo cambaleante, ele decide aproveitar aquela distância e guiado pelo braço do próprio oponente, ele contorna o corpo dele em uma manobra rápida, saltando em suas costas e cravando as duas mãos nos ferimentos que se lembrava já ter causado em seu tórax e rasga sua pele, provocando uma sensação de dor excruciante que leva o público à loucura.
Porém, mesmo com a cabeça rente ao corpo de Borkûl, ele consegue acertar-lhe uma cabeçada com a nuca, movimentando o corpo bruscamente para frente e depois para trás, fazendo Madman cambalear para trás atordoado e sentir sobre a areia a lâmina de uma de suas espadas. Posicionando o pé abaixo da lâmina, ele elevou a perna num rápido movimento e empunhou a espada, dessa vez mais confiante para avançar contra o adversário desarmado, que se defendia com a própria mão, envolvendo a lâmina sem se importar com o corte. Assim, Madman puxou a lâmina repentinamente e em um movimento de estocada, penetrou a carne de seu inimigo, atravessando seu abdomen. Recuou retirando a espada, mais uma vez passava o antebraço nos olhos para enxergar melhor e preparava-se para desferir outro golpe, para finalizar o oponente, quando fora impedido pela voz do organizador do evento.
── PARE! Em honra à essa beldade que se encontra entre nós, como bom cavalheiro que sou, permito que ela decida se Borkûl vive ou morre! ── seus olhos encaravam a mulher loira que se destacava na multidão como os de uma serpente, que destilava seu veneno de longe, promovendo uma forma de interação nunca vista antes naquela arena. Madman parava, mas ainda atento aos movimentos de Borkûl que precisava de atendimento médico urgente, tentando estancar seu sangue com as duas mãos sobre o corte. As areias do tempo corriam e sua vida estava nas mãos de uma forasteira, enquanto seu sangue manchava a arena, reduzindo cada vez mais suas chances de sobrevivência.
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