Elysium, o refúgio RPGISTA
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GERALT ERIC DU HAUT LIONCOURT

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Mensagem por Vincent Dragunov Seg maio 16, 2016 8:21 pm


GERALT LIONCOURT

41. GLIGOTHIEL. NOBREZA. INFO

nome completo

GERALT ERIC DU HAUT LIONCOURT

nascimento

06/05/936

reino

GLIGOTHIEL

grupo

NOBREZA

cargo

DUQUE

habilidade

CONTROLE DOS ELEMENTOS

Você usa tanto uma mascara que, acaba esquecendo de quem você é, o que te torna um verdadeiro enigma a ser desvendado até para si mesmo... Há quem diga que nossa vida é um verdadeiro mar de rosas, pelo sangue nobre que corre em nossas veias, mas a verdade é que somos mais desgraçados que os camponeses que desvanecem com a fome com pés mergulhados em lama e estrume. Eles pelo menos sabem quem e o que são, nós podemos morrer sem nunca descobrir isso, assim como eu morri... anos atrás.

Enterrei junto à minha esposa tudo que eu fui um dia e naufraguei em um mar de eterna angústia, consumido pela culpa de estar ausente em seu adoecimento. Não pude tocar sua mão antes que seu último suspiro escapasse aos lábios. Recordei-me do modo como nos conhecemos e revivi todas as lembranças desde os nossos primeiros momentos.

Ela tinha os cabelos negros como a noite, sua pele era alva como a luz da lua, seu sorriso era como o rio, imergindo no horizonte e seus olhos reluziam um brilho violeta em sinergia com a lua. Ela era um verdadeiro anjo, enviado a mim quando eu ainda tinha apenas 6 anos. À princípio, era um bebê de colo, mas sua voz já se fazia ser ouvida. Ela chorava tanto que eu só tinha vontade de ficar o mais longe o possível dela, mas o tempo revelou qual era o nosso destino.

Nossos pais eram duques em Gligothiel, dois velhos amigos, então sempre falavam que estávamos prometidos um para o outro. Eu não via as coisas dessa forma. Pelo menos não ainda... Eu era o primogênito de Donovan, o Perverso e como tal, deveria assumir o lugar dele mantendo a ordem com punhos de aço. Fui criado para esse cargo, mas não via em minha infância nada que se comparasse com a companhia daquele pequeno anjo. Ela cresceu e se tornou cada vez mais bonita e mais próxima, éramos melhores amigos, companheiros inseparáveis, então todos já sabiam que o nosso destino seria ficarmos juntos.

Os anos se passaram e veio a idade fértil dela, quando nos casamos ainda sob os cuidados e conselhos de nossas famílias. Ah, minha Ayanna... aquele foi o dia mais feliz de toda a minha vida. Já éramos apaixonados e nosso amor florescia tão forte como o nascer do sol e tão puro como a lua... era ela, minha lua... acreditei que éramos predestinados a isso e nada mais importava. Passamos por cima de todo e qualquer obstáculo juvenil em nosso caminho e nos tornamos um só, de corpo e alma, completamente entregues um ao outro.

Éramos jovens, tínhamos tanto o que viver juntos que nem nos preocupávamos com as pressões de gerar herdeiros nem nada do tipo, afinal as preocupações pertenciam aos nossos pais, que se envolviam cada vez mais na política conturbada de Gligothiel, enquanto nós vivíamos um verdadeiro sonho. Dois anos após o matrimônio, alegramos nossas famílias com sua primeira gravidez, mas a felicidade não passou de seis meses... perdemos nosso primogênito. A história se repetiu mais uma vez e seu sorriso começou a se desfazer. Percebi a tristeza e a culpa contidas em seu olhar, parecíamos amaldiçoados, condenados a não provir nossos herdeiros, mas ainda assim eu acreditava em nós e tentei de para que a minha lua voltasse a ser feliz.

Vivemos um dia de cada vez, superando a dor da nossa perda, até que ela me veio com uma história de ter conhecido uma feiticeira capaz de ajudar. Eu sabia que aquilo não tinha como ser uma boa ideia, em Gligothiel nenhum tipo de ajuda vem de graça e para piorar, como sempre tive um interesse pela magia, tinha certeza que esse preço poderia ser mais caro do que poderíamos arcar. E não se tratava de ouro, afinal estávamos dispostos a tudo para provir herdeiros, tratava-se sempre de algo mais valioso que todo o ouro do mundo.

Como eu já esperava, a feiticeira deu seu preço: o primeiro bebê gerado com seus dons deveria ser dela e a partir dali, todos os demais seriam nossos. Quem abriria mão de um filho assim? Então é claro que eu a afrontei e expulsei do castelo! Ordenei que nunca mais se aproximasse, procuraríamos outras formas que não dependessem de mágica. Ou pelo menos era o que eu pretendia... Minha esposa, com a pressa, procurou a feiticeira em segredo e fez um acordo com ela, jurando entregar a criança assim que ela nascesse, alegando que teria nascido morta para não despertar suspeitas.

Meses depois, lá estava ela, mais radiante que o sol, grávida, enchendo de felicidade nossa morada. Porém, eu já não conseguia me alegrar tanto, pois temia pelo pior, então preferia comemorar só quando tivesse meu herdeiro em meus braços. Os meses foram passando e a ansiedade só aumentava, mas com o conflito crescente entre a nobreza e a plebe de Gligothiel, precisei viajar para uma campanha que pressionaria os rebeldes e os forçaria a pagar seus tributos como deveriam.

Ao lado de meu pai, que fora um dia cavaleiro e se tornou um dos maiores comandantes militares de todo o reino, segui em uma jornada que mudaria minha vida para sempre. Após dois ciclos lunares longe de casa, recebi um mensageiro informando a morte de minha esposa. Retornei imediatamente ao castelo, sob a chuva daquela noite sombria sem acreditar que aquilo pudesse ser verdade.

Só acreditei quando vi seu corpo após um dia inteiro de viagem apenas aguardando minha despedida para ser enterrado. Vi no olhar de sua família um desprezo que nunca tinha imaginado ver antes, como se me culpassem pelo ocorrido. Fui informado que ela adoeceu naquela noite e morreu junto com o bebê, após entrar em trabalho de parto precocemente. me descreveram a parteira como uma mulher loira, muito sábia e experiente que afirmou que eu a conhecia... só podia ser aquela maldita feiticeira!

Iniciei uma caçada contra ela, para puni-la pela morte da minha família e cedo de ódio sequer tive tempo para o luto, eu queria vingança! Um de meus informantes descobriu que ela estava escondida em uma cabana na floresta, então foi pra lá que seguimos, investindo com fúria nessa cavalgada. Seguiram comigo o jovem Duque Killian Valentine, dois cavaleiros, dois caçadores e um marquês, disfarçando nossa caça à bruxa como uma caçada à uma corça qualquer, para não levantar nenhum tipo de suspeita que pudesse impedir minha vingança. Eu não queria que ela fosse presa e julgada, pois não acreditava haver qualquer tipo de justiça sem derramamento de sangue, então tudo que eu queria era arrancar a cabeça daquela bruxa maldita!

Quando chegamos à cabana, fomos surpreendidos pelo movimento das árvores próximas, que direcionavam seus galhos contra o grupo, para impedir nossa aproximação. Foi ali que eu percebi que meu controle dos elementos não era nada se comparado com o que aquela mulher era capaz. Uma névoa densa ofuscou nossa visão, tornando impossível enxergar mais do que um braço diante de nossos corpos e então, não só as árvores, mas também os animais começaram a nos atacar, como se toda a floresta tivesse se voltado contra nós. Usei o controle sobre o ar para afastar a neblina e só então pude vê-la olhando pela janela do casebre e percebi minha chance para atacar.

Corri em sua direção e vi raios se formando em suas mãos, enquanto o vento soprava cada vez mais forte, usei o elemento terra, erguendo barreiras para me proteger e quando finalmente consegui pular pela janela para atacá-la, me deparei com uma figura demoníaca com o dobro do meu tamanho, sombria como o sorriso nos lábios da feiticeira. Essa criatura tinha mãos com garras afiadas como adagas e asas assustadoras como as de morcegos e me atingiu com tanta força que eu fui arremessado contra o teto, destruindo parte de sua estrutura fragilizada. Caí no chão atordoado com o golpe e senti aquelas garras no meu pescoço, me prensando contra a parede. Meus pés não tocavam mais o chão e o ar faltava aos meus pulmões... foi quando o jovem duque invadiu a cabana e cravou sua espada nas costas da criatura.

Enquanto a feiticeira saía, aquele demônio me atirou novamente no chão e se voltou contra o duque, cravando suas garras em seu abdômen, puxando para fora as alças intestinais, desaparecendo nas trevas em seguida, junto com a feiticeira. Tentei de tudo para salvar Killian, afinal o garoto tinha salvado minha vida e agora por minha culpa estava morrendo, mas foi em vão. Nossa caçada acabou muito pior do que poderíamos imaginar e até hoje a dor da culpa por aquela noite me consome. Ele era tão jovem e apaixonado como um dia eu mesmo fui.

Retornamos para dar a notícia à viúva e prestar nossas homenagens ao jovem. Ela parecia ser ainda mais nova que ele... nova demais para já ter mergulhado em tamanha dor. Consumido pela culpa, me coloquei à disposição para ajudar no que ela precisasse, afinal já tenho experiência nesse ninho de serpentes que é Gligothiel e não queria vê-la desprotegida por minha culpa.

Com isso, minha rotina me ofuscou em várias máscaras... todas criadas para reduzir meu sofrimento e impedir que eu cometesse o mesmo erro de novo. Nosso segredo morreria conosco, mas nós sabíamos a verdade sobre o ataque de bandidos que inventamos para acobertar nossa caçá à bruxa. Dividi minhas obrigações entre a política, o sentimento pela jovem Aaminah e minha vingança... todos me conduzindo cada vez mais pra longe do meu verdeiro eu.

Mergulhei na escuridão com a intenção de caçar aquela bruxa maldita, me dedicando não somente à magia, mas também à tortura, busca de informações e espionagem. Estudei venenos e alquimia, tudo em busca do conhecimento que me ajudará a cumprir com a minha vingança, pela minha esposa e o meu filho. Aprimorei minhas habilidades com o custo de uma reclusão social que incomodava meu pai, gerando conflitos intermináveis até o dia de sua morte. Assassinado pela mesma feiticeira que matou minha esposa... como eu sei? Ela fez questão de me deixar um recado escrito com o sangue dele nas paredes do meu quarto: "Esse é o preço da sua vingança cega." Encarei a mensagem como a promessa de que ela mataria qualquer pessoa que fosse importante para mim, então logo tratei de me afastar de Aaminah, pois ela foi tudo que me restou.

Agora preciso lutar para afastá-la de mim, mesmo desejando tê-la por perto... Posso cuidar dela de longe, sem que ela saiba, mesmo que me odeie, às sombras, onde ela não possa se aproximar de mim para correr nenhum risco. Pelo menos não até minha caçada ser concluída... a mesma caçada que custou a vida de seu amado Killian. Não tenho escolha... sei que ela nunca saberá disso, mas prefiro que me odeie a vê-la morrer diante de meus olhos nas mãos da feiticeira.

Estou completamente perdido... sinto-me quebrado por dentro, não tenho palavras para descrever minhas vontades, não me reconheço mais ao olhar para um espelho... quem é esse homem no qual me transformei? Sinto-me tão monstruoso quanto ela em minha busca, mas somente um mal maior poderá vencê-la, eu serei esse mal, que vai consumir cada traço de sua dor e destruir cada parte do seu corpo... Só então estarei livre outra vez e poderei redescobrir quem eu sou.

Willian

27. MP. conta n° 01.

application by nicole (i, ii, iii, iv, v).
Vincent Dragunov
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